Final Fantasy XII: Revenant Wings reforça o time dos bons subprodutos da famosa franquia. A experiência que lhe foi aplicada é parecida com a de "Heroes of Mana", também oriunda de uma série de renome e que virou jogo de estratégia em tempo real para Nintendo DS. Porém, a execução foi muito mais feliz, resultando num game dinâmico, divertido e sem complicar demais.
O game continua as aventuras do épico "Final Fantasy XII", lançado para o PlayStation 2. Um ano depois da guerra contra o império de Archadia, Vaan realiza seu sonho de ser um pirata dos ares. Quando Balthier e sua companheira Fran descobrem um tesouro chamado Cache of Globados, um continente flutuante chamado Lemurès é revelado. Lá moram os aegyl, uma raça de humanóides alados, e sua missão será salvá-los dos planos da enigmática Judge of Wings.
Normalmente, o jogador controla um grupo de cinco esquadrões, cada um deles composto por um líder (Vaan e Penelo são alguns desses capitães) e criaturas conhecidas por espers. A mecânica é simples: basta tocar com a caneta na unidade e indicar para onde ela deve se deslocar ou quem ela deve atacar. Mas, na prática, usa-se mais os quadros que ficam na parte superior da tela de baixo, que servem para selecionar o esquadrão inteiro, ou usar o botão X, que ativa todas as unidades. Também é possível arrastar a caneta e envolver vários personagens dentro de um quadrado.
Geralmente, os espers são convocados no começo da fase (até cinco espécies podem ser escolhidas), mas, quando existem portais na fase, é possível criar mais unidades (ou repor aqueles perdidos). Porém, os líderes do grupo adversário também podem fazer o mesmo, então, esses locais são pontos estratégicos a serem conquistados. No mapa, ainda podem aparecer baús e materiais. Os primeiros geralmente contêm itens prontos, enquanto os do segundo tipo são usados para criar novas armas. No começo, poucos espers estão disponíveis, mas com itens específicos, mais espécies podem ser liberadas.
Os controles, que usam basicamente a tela sensível ao toque, são simples e funcionais, permitindo o jogador comandar facilmente um grande número de personagens. Só complica quando é preciso escolher uma unidade específica, pois, geralmente, os combates são caóticos, com muitas unidades muito próximas entre si. Além disso, como não é possível girar o mapa, o campo de visão pode ficar encoberto por alguma estrutura.
"Final Fantasy XII: Revenant Wings" tem uma produção luxuosa, com cenários bastante ricos. Há até mesmo cenas de computação gráfica, uma especialidade dos jogos com a marca de Square Enix. Apesar de o fundo ser em 3D, os personagens são desenhados a mão, e a integração entre os dois elementos está excelente. Às vezes, ficam "pixelados" demais, mas foi uma decisão acertada, pois os bonecos, mesmo pequenos, transmitem carisma, ainda mais com os teatros de avatar que fizeram a fama da série na era dos 8 e 16 bits.
A trilha sonora são versões das composições criadas para "Final Fantasy XII" de PlayStation 2, e, por incrível que pareça, não houve perda significativa de qualidade. No campo de batalha, o ritmo depende do estado de tensão: quando há confronto direto, uma música mais agitada e dramática passa a ser ouvida.
0 Comentários:
Postar um comentário